Londoner Daily – 1st day – 05/05/2011
Afternoon / Night: Desembarquei no Heathrow at 6 pm e cheguei no meu hotel at 9 pm. Tempo parcialmente nublado, com o típico fog londrino, e 19ºC oficiais com sensação térmica de 25ºC, mesmo com um ventinho meio preguiçoso! Os guias turísticos e as previsões metereológicas diziam que aqui estaria frio (média 12º). Mas, que frio que nada! Estou de camiseta e sentindo calor. A maioria das pessoas aqui, andando pelas ruas, está elegantemente encapotada até o pescoço! Acho que é porque eles acham que é fashion! Só pode ser! Ou então elas vêm de um inverno tão rigoroso que as roupas pesadas continuam no corpo por pura inércia. Quando cheguei, ainda tinha um restinho do clarão do dia, mas não dava pra sair pra muito longe. Então, o que eu fiz?! Ah, claro, fui pro pub da esquina (que nem precisava ser o da esquina, porque de uma esquina a outra só tem pub!) Mas foi o primeiro pub que eu achei pela frente. My first pub, my first english beer! Meu primeiro pub, minha primeira cerveja inglesa, só pra começar. (o primeiro pub a gente nunca esquece, tirei até várias fotos dele). E como tem hotel e pub nesse lugar! (in Bayswater, região da Paddington Station, Norfolk Square, Praed Street and London Street, aliás, esta foi a primeira rua que eu pisei em Londres, saindo da Paddington Station: a London Street, tinha que ser!) Pequenos, eficientes e aconchegantes hoteizinhos. Grandes e antigos sobradões vitorianos transformados em hotel. Hotéis cercados de Pubs por todos os lados. Londres é perfeita!!!
Londoner Daily – 2nd day – 06/05/2011
Morning: I took the Metrô from Paddington to Westminster. Mas, só cheguei ao destino planejado depois de dar umas voltinhas involuntárias por outras estações, até entender um pouco mais a lógica das várias linhas que se conectam e se cruzam nesse labirinto ferroviário-metropolitano. Porém, tudo bem, tudo ótimo! Tenho tempo de sobra! Estou por conta do à toa mesmo! I´m here just for fun! Cheguei na City of Westminster. Targets: Big Ben, Houses of Parliament, Westminster Bridge, River Thames, Westminster Abbey. Nunca vi tanto turista junto numa região só! Nem no Rio de Janeiro no carnaval! Uma maravilhosa babel! Gente do mundo inteiro. Chamou-me a atenção principalmente os asiáticos. Mais precisamente as belas asiáticas, com suas indescritíveis vestimentas leves, soltas, coloridas e esvoaçantes, pra não falar dos turbantes (se é que posso chamá-los disso) e seus perfumes inebriantes. Ah, as asiáticas!!! Acho que daqui eu vou direto pra Bangkok, Saigon ou Calcutá! Quando já ia embora pro hotel, entrei na Westminster Abbey, Just to give, for Aunt Lili, a single pray (na Abadia de Westminster apenas pra rezar pra Tia Lili) Fui pro Underground reparando mais detalhadamente cada centímetro quadrado do chão que eu pisava e das paredes e fachadas que eu olhava, e comigo mesmo cada vez mais eu pensava: como reconheço, como me é familiar, como eu sinto e vivo tudo isso! Como toda essa cidade ressoa e vibra dentro de mim! Pois é, estou aqui, entre outras coisas, pra confirmar uma antiga e recorrente suspeita que me persegue a vida toda (essa no Brasil): com toda a certeza já vivi nessa cidade há algumas décadas, ou séculos, atrás! Now I need to go. I´m going to my next destination: the Hyde Park.
Afternoon: Fazia um friozinho. Muito doido o tempo aqui: calor de manhã e frio a tarde (até parece BH). Peguei uma blusa. Segui a pé uns 5 minutos pro sul. Cheguei no Hyde Park. Ah, o Hyde Park!!! O Hyde Park é um desses lugares no mundo que são meio intraduzíveis, difíceis de se descrever, em palavras. Fotos e vídeos talvez digam alguma coisa. Mas, pra conhecer e sentir de verdade esse santuário florestal ecológico, só mesmo ao vivo, em carne, ossos, músculos, nervos, sangue, espírito e alma. Só dá pra falar que os carvalhos, os ciprestes, a relva, os jardins, os lagos, os cisnes, os corvos, os pombos, os patos, os quiosques, os coretos, as praças, as alamedas e as pessoas tomando sol nos gramados, principalmente as mulheres de biquíni, são todos maravilhosos. No meio do parque, fui abordado por uma jovem senhora de origem africana, cerca de 30 anos, asking me If I believe in religion and faith (me perguntando se eu acreditava em religião e fé). Respondi que sim, mas como já sabia, literalmente, qual era a dela, completei falando que eu não acreditava em religiões exteriores, abrigadas em paredes de pedra ou escritas em calhamaços de papel, mas, sim, nas religiões interiores, aquelas que estão inerentemente instaladas nas nossas cabeças e nos nossos corações. E, claro, como a pergunta foi feita em perfeito inglês, também respondi perfeitamente in english. Alíás, estou falando com as pessoas na rua, in english, of course, muito mais e melhor do que eu esperava. Achei que eu ia ter problemas com o sotaque britânico. Que nada! Todo mundo aqui fala é inglês americano, hollywoodiano mesmo, inclusive os próprios ingleses! Esta é outra faceta importante da minha familiaridade com essa cidade: até na comunicação pessoal estou me saindo bem. Estou aqui há exatamente um dia, apenas 24 horas, e estou me sentido mais à vontade do que no Rio de Janeiro, onde morei por quase dez anos (e olha que no Rio eu já me sentia bastante em casa). O perigo disso é acontecer aquilo que costuma me acontecer em qualquer lugar do mundo: as pessoas me pedirem informação na rua. Não sei porque isso acontece sempre, acho que eu tenho cara de “informante” ou aparento alta credibilidade e confiabilidade (coitados, não sabem com quem estão falando!) No Rio era só eu sair na rua e lá vinha alguém em minha direção, pra perguntar alguma coisa (e o pior é que eu sempre sabia!) Em BH, nem se fala! Aqui, mais dia, menos dia, tenho certeza que isso vai acontecer. Só espero continuar tendo sorte, e que seja nos últimos dias, quando eu já estiver (re)conhecendo mais a cidade.
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