Diário Lisboeta – 6o. dia – 19/05/2011
Hoje tava um dia de sol maravilhoso e, como despedida, fui pra praia! Lá em Cascais / Estoril, que são duas cidadezinhas costeiras, coladas uma na outra – uma espécie de Riviera, ou Monte Carlo, portuguesa – aprox. 30 km a oeste de Lisboa. Mas, antes de ir pra praia, passei na Praça da Figueira pra tirar umas fotos com o meu amigo português, o sr. Manoel, o engraxate (aproveitei e confirmei com ele se dava pra ir a pé até a estação de trem pra Cascais, a Cais de Sodré). Quando eu ia pra Cais de Sodré, o meu “balcão de Informações” funcionou pela primeira vez em Lisboa (ainda bem que foi hoje, porque agora eu já conheço muito bem o centro dessa cidade). A dona me parou e perguntou onde era a Rua do Ouro. Muito fácil: é logo ali ó segue reto por aqui e é a segunda paralela a essa. Obrigada! Por nada! Peguei o comboio (é trem!) em Cais e fui pra Cascais. E não é quê, saindo da estação de Cascais e entrando na praça principal do lugar, o meu “balcão de informações” abriu de novo?! Só que aí já foi uma puta sacanagem do destino, né?! Eu tinha acabando de pisar na cidade! Ainda não conhecia nada! (o sujeito me perguntou onde era uma tal de “segurança social”. sei lá, deve ser o INPS de lá!) Infelizmente, e muito a contra gosto, tive que responder com meu primeiro, e único, “Não sei, não sou daqui”. (fiquei muito frustrado!) Caminhei bastante pela bela orla marítima de Cascais a Estoril. Tem um calçadão na beira das praias, que liga as duas cidades, cheio de bares, restaurantes, banheiros, vestiários, quiosques pra aluguel de barraca e guarda-sol, etc. Tudo muito limpo e muito bem organizado (se bem que as praias estavam praticamente vazias, desertas. gostaria de ver aquilo lá num domingo de verão a 40º na sombra. será que estaria tudo bonitinho assim mesmo?!) Voltei pra Praia da Conceição – a mais central e mais freqüentada –, tirei os tênis, arregacei as barras da calça até os joelhos, e desci pra areia, pra água (ambas, areia e água, que nem em Ipanema ou Leblon: amarelo escuro e fria, respectivamente – da água eu já esperava a frieza, mas, o que me surpreendeu foi a areia fina (achava que era mais grossa)) Mergulhei meus pés na areia e na água! Caminhei naquela areia e naquela água! Pela primeira vez (nessa vida, pelo menos), eu estava pisando numa margem oriental do Oceano Atlântico!!! Essa foi, sem dúvida, a motivação maior da minha viagem até Cascais: Poder molhar os pés no lado leste do Atlântico!!! Pés por demais acostumados a pisar nas praias a oeste do imenso oceano, agora, pela vez primeira, pisavam numa praia a seu leste!!! (confesso que fui lá só pra isso!) Andei pelas ruazinhas do comércio turístico de Cascais (que parecem com as de Búzios ou da Praia do Forte), sentei num banco pra contemplar o mar, tomei um sorvete, e voltei pra Lisboa. De volta à Estação do Cais de Sodré, fiz outra coisa pela primeira vez: andei no métro de Lisboa (metrô aqui se diz métro) até a Estação do Rossio (na Praça de Figueira). Então, me despedi do sr. Manoel e voltei pro hotel, pra escrever sobre esse último dia.
Antes de terminar, como fiz em Londres, vou relacionar aqui todos os lugares em que estive ou passei aqui em Lisboa, por ordem cronológica:
Centro Histórico (Baixa/Chiado/Rossio), Rio Tejo, Castelo de São Jorge, Alfama, Praça dos Restauradores, Praça Marquês de Pombal, Praça dos Touros, Praça Pedro Álvares Cabral, Mosteiro dos Jerônimos, Ponte 25 de Abril, Torre de Belém, Catedral de Lisboa, Ponte Vasco da Gama, Parque das Nações, Panteão Nacional, Padrão dos Descobrimentos, Monumento de Cristo Rei, Sintra, Castelo dos Mouros, Palácio de Pena, Elevador Santa Justa, Bairro Alto, Confeitaria Nacional, Cáis do Sodré, Estoril, Cascais, Praia da Conceição.
Nesses quinze dias aqui in London and Lisbon, vi palácios, castelos, fortalezas, monumentos, parques, praças, ruas, bairros, pontes, rios, mares, praias, pubs, bares, restaurantes, museus, galerias, exposições... Tudo muito bom, muito bonito, maravilhoso. Mas quero concluir esse diário falando mesmo é das PESSOAS desses dois países: da mesma forma que admiro e respeito a Firmeza, a Fineza e a Gentileza dos Ingleses, igualmente admiro e respeito a Simplicidade, a Bondade e a Humildade dos Portugueses – principalmente os mais velhos, pois que os guardarei como fiel espelho, imagem, retrato e exemplo, pra sempre na memória! (muito obrigado a todos vocês, que simbolizo e represento em dois simpáticos e nobres senhores: o Lord da Pimlico Station, em Londres, e o Engraxate da Praça da Figueira, em Lisboa)
Meu jantar de despedida, claro, foi outro bacalhau assado, regado a um ótimo vinho do Alto Douro, lá no Restaurant Cesteiro.
Por falar em vinho, o último que comprei e bebi aqui em Portugal foi um legítimo do Porto, claro! Foi um “Fonseca Porto, Ruby Port”, de 2004, da Casa Fonseca Guimaraens. (um néctar dos deuses, divino!!!) Com esse vinho, presto, no mínimo, três homenagens: à toda essa minha boa viagem! ao time do Porto, que sangrou-se, ontem, campeão europeu pela Liga da Europa (doravante, meu time europeu! pena que ele tem azul na camisa, mas, deixa isso pra lá... faz de conta que é preto), e às famílias Fonseca (tanto a do vinho quanto a das minhas filhas).(não falei que ocês são é portuguesas?! Mais ainda: do próprio Porto?!)
Tchau, tchau, Lisboa! Até a próxima! Tá calor demais aqui, tô com saudade de um friozinho. Vou pro Brasil! (volto pra casa amanhã cedo).(novas edições desse diário – sabe-se lá de onde! –, só no ano que vem)
Nenhum comentário:
Postar um comentário