Alguém irremediavelmente viciado em escritas e estrelas, projetando palavras interiores em espaços exteriores.
quinta-feira, 26 de março de 2015
Chuva Derradeira
Chuva Derradeira
Chove forte no Condado da Quinta da Saideira!
Há quanto tempo não via tanta água descendo pelas biqueiras,
tanta água nas soleiras, nas mangueiras, nas parreiras e nas roseiras.
Que pena que já é a derradeira!
Com passagem na mão, já é passageira.
Demorou tanto a chegar e já vai, assim, esgueira?!
Mas, no fim do ano, prometes, há de voltar ligeira?
Sem pressa, abundante, sem ligeireza,
pra não secar de vez as torneiras?!
Então, há de cair em aguaceiras,
encharcando todas cumeeiras,
transbordando pelas beiras,
e desabando pelas ladeiras.
E há de reabrir todas as feiras
com os frutos das laranjeiras,
das macieiras, das goiabeiras,
das bananeiras e das cerejeiras.
Enfim, abastecendo todas as fruteiras.
(inesperada chuva saideira,
torço pra que das últimas não sejas,
mas temo que real e infelizmente seja.
“são as águas de março fechando o verão...”)
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