Alguém irremediavelmente viciado em escritas e estrelas, projetando palavras interiores em espaços exteriores.
domingo, 8 de março de 2015
Caraíva
Caraíva
Enfim, depois do carnaval,
Chego à janela do meu endereço oficial
nos próximos quinze ou mais dias,
em Caraíva nas Bahias.
Que maravilha!
Metade da família
mareando em Caravília.
A outra metade pode vir muito bem
de avião, táxi, busão, balsa, canoa,
carroça, charrete e pesão.
Mas, vem numa boa,
pois nem precisa de trem.
Mais uma vez lá vou eu
encarar este dia meu
com toda a certeza
de só ver beleza.
Praia e mar sem fim
Areia amarelo marfim
Águas verde turquesa
Céu esmeralda azul
Caminha só uma incerteza:
Rumo norte ou rumo sul?
(ou leste, enfim!)
Ruas de Caraíva
É muito bom poder caminhar somente,
solene e sonolentamente,
no silêncio destas ruas de areias super quentes
ondulantemente salientes,
saboreando as cores corridas
destas paredes mornas e coloridas,
ao cheiro salgado das ondas
que trazem à alma, em vagas ondas,
todas as suas doces visões terrenas,
submarinas, sobre marítimas e hiper marítmicas.
Dias de Chuva
Dias de chuva no mar
Encontro das águas:
As de cima cismam
de nas de baixo baixar
É Caraíva com cara de chuva
Beleza de todo jeito, de se apaixonar.
Maris Noturnus
Bom mesmo são os mares noturnos
Mares diurnos são muito quentes,
incandescentes, indecentes,
impertinentes, infringentes.
Têm muita gente.
Mares noturnos são soturnos
sem certo rumo
de incerto turno
São apaziguadores,
desarmadores,
embarcadores,
abarcadores.
Domadores
de dores.
Basta uma lua clara,
ondas batendo espumas brancas,
o pisca-farolzinho de Corumbau,
e nem mais o escambau.
Um uisquinho na mesinha ao lado
Tudo assim, calado.
E eu aqui ficaria
mais uns tantos dias
Mas só às noites,
sem dias.
Último dia em Caraíva
procurando uma saída
Embora gostando daqui,
precisando embora ir
Mas, qual caminho seguir?
Nenhum indica Beagá
Acho melhor eu ficar!
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