Alguém irremediavelmente viciado em escritas e estrelas, projetando palavras interiores em espaços exteriores.
terça-feira, 23 de dezembro de 2014
De Zimbad a Alcahamumbad passando por Islamabad
De Zimbad a Alcahamumbad passando por Islamabad
(um pseudo mini-conto quase natalino)
Partindo de Zimbad, Yonqand ou Xangrilade, onde você poderá consultar as páginas amarelas dos mapas locais mesmo não enxergando muito bem, você conseguirá seguir viagem seguindo a sua estrela-guia em sua cruzada cristã, de modo a fazer um bom upgrade nos seus santificados e sagrados negócios de ouro, camelo e incenso.
Mas, siga sempre a estrela, não perca o fio do caminho mesmo que ele pareça um pouco melancólico e triste. Lembre-se: os três reis mágicos pisaram nas areias desse deserto a caminho do encontro com o grande guia, o que suporta a mão divina.
Não tema os assaltos dos beduínos miseráveis nem os pomposos desfiles dos religiosos. Mas, para registrar tudo isso, não se esqueça de recarregar o seu antigo e bíblico notebook.
Não pense que você estará ficando maluco ou que seja um pequeno e inocente garoto, como as pobres e arenosas crianças de Islamabad, entre as quais provavelmente nasceu o menino-deus.
Não! Você apenas terá retirado a máscara de Jade, fazendo dela apenas o seu santo sudário.
Deixe a graça divina invadir o fundo do seu coração. Mantenha na sua mente profunda os melhores pensamentos que tiver. Certamente você se sentirá alcançando um degrau, uma casa, superior – mesmo não usando um raad(1) –, acima, longe, de qualquer tipo de modismo espiritual, superficial e passageiro, o qual, de qualquer jeito e em qualquer tempo, você deve evitar.
Pelo menos, você ficará sabendo que o pai, o grande guia provedor, estava realmente certo: Você verá, com um simples gps(2) e um modesto cad(3), que a sua santa viagem não foi assim tão ruim e, finalmente, você chegará à terra abençoada de Alcahamumbad, a partir da qual toda a história da cristandade se desenrola.
(1) randomic abacus access device – dispositivo de acesso a ábacos randômicos.
(2) geographical positioning system – sistema de posicionamento geográfico
(3) computer aid design – desenho auxiliado por computador
From Zimbad to Alcahamumbad passing thru Islamabad
(an almost christmas’ pseudo short tale)
Departing in Zimbad, Yonqand or Xangrilade,
where you’ll can consult the local yellow map pages
even in an on it wade,
you can be succeed on your voyage
following your guide-star
on your christian crusade
in order to make a good upgrade
on your sanctified and sacred gold, camel and incense trades.
But, always look at the star, don’t lose the way’s thread
even if its seams a little melancholic and sad.
Remember: the three magical kings steeped on these desert sands.
on their way to meet the big guide, whom bears the divine hand.
Don’t be afraid about the miserably beduines’s raid
neither on the pompously religious parades.
But, to record all of this, don’t forget to overload
Your old and biblical notepad.
Don’t think you will becoming mad
or that you’re a little and innocent lad,
like the poor and sandy children from Islamabad,
nearly whom the child-god probably bornt had.
No! You’ll just retreating the mask of Jade,
making it just yours saint sudarium.
Let the divine grace in the bottom of your heart invade.
Keep on your deepest mind the best thoughts you had.
Certainly you’ll feel yourself stepping a new house, a superior grade,
even not using a raad (1),
above, far away, from any kind of passing, superficial and spiritual fad,
which, anyway and anytime you must evade.
At least, you’ll became aware that was really and actually right the master guide, the big dad:
You’ll see, with a simple gps(2) and a single cad(3),
that your saint travel hadn’t been so bad
and, at last, you’ll reach the blessed land of Alcahamumbad,
from where the whole christhood history goes ahead.
(1) raad – randomic abacus access device
(2) gps – geographical positioning system
(3) cad – computer aid design
(by Brumbe © 2014, from his “ad and ade retro rhyme series”)
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