segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

entre... e...

entre... e...

meu dia a dia é que nem
um constante vai e vem

entre a engenharia
e a poesia

entre a infra-estrutura
e a literatura

entre o concreto
e o incerto

entre números
e versos

entre contas
e contos

entre o executar
e o pensar

entre o medir/cavar
e o sentir/meditar

entre o teorema
e o poema

entre a construção
e a contemplação

entre o problema
e o dilema

entre martelos
e sufixos elos

entre serrotes
e bons e belos motes

entre a solução
e a indagação

entre o prego
e o poeta grego

entre a concretização
e a pura divagação

entre o axioma
e a musa de roma

entre a chave de fenda
e a espiritual oferenda

entre o parafuso
e palavras de pouco uso

entre a furadeira
e a palavra derradeira

entre a equação
e a sublimação

entre utilidades
e banalidades

entre a caixa de ferramenta
e tudo que ao espírito sustenta

div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">

Nenhum comentário:

Postar um comentário