Alguém irremediavelmente viciado em escritas e estrelas, projetando palavras interiores em espaços exteriores.
sábado, 28 de maio de 2016
Incensos Suspensos
Incensos Suspensos
Um céu fechado, lacrado, de lua minguante nublada, anuviada, já se westing lá pros lados de Uberlanding
Tal e qual meu espírito e meu coração que também lá vão, bem ou mal, na mesma fase e no mesmo ponto cardeal
Um frio furando e atravessando tecidos, peles, carnes, e já se aceano nas praias e nos fossos dos ossos
No home-teatre Alice in Chains tocando No Excuses, Down in a Hole and Nutshell (again? what a hell!)
No incensário, recipiente depositário de palitos de incenso, um novo aroma marraqueshiano sai levitando
No castiçal uma não tão casta e já meio velha vela vai descendo lacrimejando quente sobre a ardósia gelada
Cheiro, odor (ou seria odório), de vela de velório
Na taça o velho vinho negro amargo já quase avinagrado, que bebo de bom grado
(dependendo da graduação da origem, é claro!)
E eu já meio velho de tanto agravo e desagravo (mas, nem um pouco bravo,
pois sou filho e neto de gente muito mansa, quase santa e bem amena)
É a minha sagrada liturgia do dia a dia
E é noite de sétimo dia, sétimo da semana
Cruzcredo, que coisa mais insana!
Até parece que estou "celebrando" o sétimo dia de alguma coisa perdida, fugida, profana
Ou de coisa perfeitamente, normalmente, corriqueiramente mundana, humana?
Incensata noite incensada
às 19 já incendiada
e logo, antes das 24, apagada
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