Alguém irremediavelmente viciado em escritas e estrelas, projetando palavras interiores em espaços exteriores.
segunda-feira, 2 de maio de 2016
Cidades longínquas, Mulheres longilíneas
Cidades longínquas, Mulheres longilíneas
Mulheres longínquas, Cidades longilíneas
Já deixei mulheres próximas e longínquas,
mulheres retilíneas e curvilíneas,
altas, baixas, planas ou plenas,
magras, cheias, louras ou morenas,
secretária, professora, advogada, administradora, dentista, pedagoga, estilista, predadora, engenheira, arquiteta, enfermeira, médica, doutora, sonhadora, massoterapeuta, psicóloga, hermeneuta,
pra ir trabalhar em cidades distantes, longínquas,
cidades igualmente curvilíneas ou retilíneas.
Também já me deixaram mulheres
próximas ou distantes, longínquas,
pra irem trabalhar em cidades longilíneas,
pequenas, médias, grandes ou megalopinas,
montanhosas, oceânicas ou planaltinas,
Belo Horizonte, Brasília, Uberaba, Perdizes, Perdões, Uberlandia, Aclamações, Rio de Janeiro, Itaipava, São Paulo, Campinas, Santa Maria de Itabira, São José do Benzadeus, São João do Deusmelivre, Jequitinhonha, Medina, Colatina,
correspondentemente curvilíneas ou retilíneas.
Hoje só quero, na cidade mais próxima,
encontrar a mulher menos distante,
ou, a mulher mais próxima
na cidade menos distante.
Preferencialmente,
com ou sem trabalho,
muito ou pouco trabalho,
a mais longilínea,
retilínea ou curvilínea,
na menos longínqua.
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