Alguém irremediavelmente viciado em escritas e estrelas, projetando palavras interiores em espaços exteriores.
segunda-feira, 24 de agosto de 2015
Que idéias!
Que idéias!
(a propósito de prosopopéias e onomatopéias)
Desejo ainda renascer, viver e morrer num planeta aquoso de Cassiopéia
onde a minha alma voe com cem mil asas, que nem mil aladas centopéias,
sonhando toda noite com o fantasma da bela e erótica deusa grega Atenéia.
Morar numa casa avarandada nos contrafortes do vulcão de Pompéia,
ou em outra, com deck e cais, na margem norte do Reno, na Basiléia,
ou ainda outra – uma cabana de beduínos, talvez – nos desertos da Eritréia.
(porém, em qualquer delas, apenas jardins e quintais de azaléias)
Ouvir cães, gatos, cobras e lagartos cantantes numa sinfônica prosopopéia
(ou apenas miaus, au-aus, sibilados e chiados, simples onomatopéias)
Comer somente mel de abelhas, retirado diretamente das colméias
e produtos naturais, orgânicos, vegetais, sob a forma de geléias.
Não ter a menor idéia de quem seja Germana, Cassandra ou Dorotéia.
E no fim da vida, viver uma pequena e singela greco-romana epopéia
ou, ao menos, uma rápida, fugaz e mortal oriental odisséia.
Mas, tudo isso é pura, insana e alucinada falta de idéia!
Apenas algo que se semeia, depois na mente permeia
(e no cérebro manca e coxeia), sempre após a meia-noite e meia.
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