sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Lugar Estranho!


Lugar Estranho!

Como é que um lugar tão familiar,
pra de cabeça se lançar, se atirar,
e de corpo inteiro, nu, se entregar,
de repente se torna tão estranho,
desconhecido um tanto tamanho
que nos repele como espantalho?!

É o fundo vazio e seco da piscina,
frio na espinha, visão fria repentina,
sem nada, nem água um quanto.
Em reforma, o verão aguardando.
Aguardando água, um bom tanto.

E eu no fundo desse poço penso:
E se nunca mais chover?!
E se a água acabar de vez?!
E a piscina nunca mais encher?!
Melhor morrer de vez,
ou de vez morrer?!

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