quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Perigos Históricos (ou Histórias Perigosas)

Aterrisou em minhas mãos e voou pelos meus olhos, neste Natal, um livro recém lançado intitulado “Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil” que, entre outras coisas real ou aparentemente incorretas da nossa história oficial, trata de alguns fatos alegadamente “incorretos” que podem muito bem estar perfeitamente corretos. Chamou-me especial atenção as suas considerações e ponderações a respeito da “invenção do avião”, tentando demonstrar taxativamente que tal mérito pertence aos americanos irmãos Wright e não ao brasileiro Alberto Santos Dumont.
Antes de mais nada, é sempre bom lembrar que existem duas coisas muito perigosas na História em geral – ou nos relatos e nos registros dos fatos históricos – as quais, na verdade, são duas faces da mesma moeda:
1º. É historicamente sabido que a História que geralmente prevalece é a “história” contada pelo vencedor, ou pelo dominador.
2º. Uma mentira muito repetida, muito bem armada ou muito bem forjada, costuma se tornar uma “verdade reconhecida”.
Dito isso, voltemos à questão do avião. Neste caso, paira no ar outra forte suspeita: porque será que essa história, defendendo os irmãos americanos e defenestrando o brasileiro, vem sendo mais insistentemente catapultada e lançada aos quatro ventos justamente agora, pouco mais de cem anos depois dos eventos, quando seguramente já não vive mais nenhuma testemunha presencial daqueles fatos?!
Tudo que se relata nesse livro sobre as máquinas e os vôos dos Wright pode estar absolutamente correto. Ah, mas como é fácil, para quem pode e quer, alterar uma simples data, por exemplo, de 1908 para 1903! Afinal, “eles” já não publicam, há décadas, livros escolares de geografia de 1º. Grau onde ensinam para as criancinhas americanas que a Amazônia é um território internacional controlado pela ONU?! Quem pode, pode! Manda e desmanda! Faz e acontece! Escreve o quê quer! Mas, nós e o resto do mundo somos obrigados a ler e engolir?!
Só pra refrescar a memória histórica, lembremos três recentes e clássicos exemplos de tentativa de manipulação e distorção da História, ainda mais graves, mais pesados e mais sufocantes do que o caso do “mais pesado que o ar”: o Holocausto, o extermínio de cerca de 6 milhões de judeus durante a 2ª. Guerra Mundial, que alguns políticos, e até historiadores, tentam dizer que não aconteceu! No auge do Império Soviético, em uma foto oficial do Partido Comunista a imagem de um dos altos dirigentes do governo foi simplesmente retirada, eliminada, deixando-se um espaço vazio em seu lugar! Parte da própria sociedade norte-americana insiste em difundir a idéia, inclusive através da imprensa, de que o homem jamais pisou na Lua! Ou seja, renegam um dos maiores feitos da sua própria gente e da sua tecnologia em todos os tempos!
Tudo isso é tão verdadeiro quanto o choro e as lágrimas do povo da Coréia do Norte face à recente da morte do seu líder ditador.
Evoluindo um pouco mais essa história no tempo, no espaço e nas proporções: o britânico George Orwell, no seu impressionante livro “1984” (escrito em 1948), além de criar a famosa figura do “Big Brother”, o “Grande Irmão”, criou outra coisa ainda mais sinistra, perturbadora e maléfica: dentre a faraônicas e paquidérmicas instituições governamentais do BB, havia um tal “Ministério da Verdade” – aliás, onde trabalhava Winston, o personagem principal – cujos funcionários, de altíssima confiança, tinham uma missão, ou “trabalho”, muito simples: reescrever e reeditar todas as notícias de todos os grandes jornais do mundo, do NYTimes ao Pravda, dos últimos 100 anos, segundo os interesses do Partido do BB (o mundo estava dividido em 3 ou 4 superpaíses, todos com governos facistas-totalitários, em constantes alianças e guerras entre si, onde a Eurásia, do citado BB, capital Londres, era um deles).
Apesar de essa última história ser, obviamente, pura obra de ficção, ela demonstra cabalmente como a “história real“ pode e, infelizmente, sempre poderá ser escrita de acordo com os interesses de quem está no poder.
Talvez a nossa salvação, ou melhor, a salvação da verdade para as gerações futuras, já esteja nas nossas próprias mãos, hoje: daqui a cem, duzentos ou mil anos, os arqueólogos poderão estar desencavando milhares, ou milhões, de maquininhas eletrônicas em cujas memórias estarão registradas histórias muito diferentes das que um maluco qualquer poderá estar querendo impor ao mundo.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Estradas de PreJu


Uma das coisas mais bonitas de PreJu (Presidente Juscelino – MG) são as suas estradas, principalmente a estrada de SAÍDA, aquela que leva pra fora, pra bem longe da cidade! Brincadeirinha, viu, meus caros paraunenses. A estrada de Curvelo pra PreJu (foto) é realmente muito bonita e agradável: muito verde, muita sombra e pouco movimento. Onde as árvores fazem belos e compactos túneis de galhos e ramos verdejantes ao longo de quilômetros e quilômetros. Dá vontade de parar e ficar por lá, só admirando e contemplando aquele onírico tunelamento embriagante e alucinante – ainda bem que parei no acostamento em tempo! Ou terá sido no espaço-tempo?! Aquilo é uma espécie de portal mágico, um “buraco de minhoca” ou um ponto de conexão entre dois universos paralelos, completamente diferentes entre si. É como estar transitando, ou flutuando, entre as bordas fronteiriças de dois febricitantes e frenéticos campos eletromagnéticos quântico-relativistas, sujeito a todas as suas dualidades e singularidades – muito embora tais campos se manifestem, paradoxalmente, através de modulações bastante lineares, equipotenciais, suaves e calmas. Mas tenho que continuar viagem e voltar pra BH, voltar pra outra “realidade”. Ano que vem tem mais. Adeus, PreJu! Obrigado pelos preciosos, incontáveis e inestimáveis lucros – não tanto financeiros, mas outros bem maiores – que aí obtive!

sábado, 3 de dezembro de 2011

I don’t comment on basement’s agreements

ment rhyme series

I don’t like to talk or to comment
on some kind of suspect agreements
made in the darkness of the basements.
Fake papers promising the State’s development,
which just hides another harmful action for the environment.
Beautiful words, unsuspected text’s fragments
that any government
haven’t
any instrument
to do a good judgement.
To us, good citizens, remain only the laments?
Or we can promote a great social movement,
not a simple and pathetic ornament,
able to paralyze all the Parliament?
After the things already done, don’t matter any questionment,
neither even an official and divine requirement,
nothing will be able to break down the Establishment
and its bad and rude temperament.
Our testament
could be a big torment
that just would make grown the taxes of unemployment.
Do you think I have been very vehement?
Wait to see the wonderment
that such a xeroxment,
that such a yellowment,
will produce:a zombiement!


Eu não comento contratos de porão

Eu não gosto de falar ou comentar
sobre certos tipos de contratos suspeitos
feitos na escuridão dos porões.
Falsos papéis prometendo o desenvolvimento do Estado,
os quais apenas ocultam outra ação prejudicial ao meio ambiente.
Belas palavras, insuspeitados fragmentos de texto
que qualquer governo
não tem
qualquer instrumento
para fazer um bom julgamento.
Para nós, bons cidadãos, restam somente os lamentos?
Ou podemos promover um grande movimento social,
não um simples e patético ornamento,
capaz de paralisar todo o Parlamento?
Depois das coisas já feitas, não importa qualquer questionamento,
nem mesmo um divino e oficial requerimento,
nada será capaz de derrubar o Estabelecido
e o seu mau e grosseiro temperamento.
Nosso testamento
poderá ser um grande tormento
que só fará crescer as taxas de desemprego.
Você acha que eu estou sendo muito veemente?
Espere para ver as maravilhas
que tal “copiada”,
que tal “amarelada”,
irá produzir: zumbis em movimento!

Alright, the bright comes from the candlelight!

ight rhyme series

I agree with you, alright,
that sudden and weak bright
had could came only from a single candlelight.
Even so, it promoted a great delight
for all the eight
because they could put an end on that useless fight,
and say one to each other: good night,
no mattering their height.
After that I had an genuine insight,
which used to happen just to a real royal knight:
That only can discuss the source of the light
those ones who have the might
to see through the dark night,
and to say outright:
I’m not a mere paperweight
Remember: no one can deny your rights,
even a simple sight,
as far as you hold its tight.
Be always upright,
never stay uptight,
you have enough weight.

Tá certo, o brilho vem da luz da vela!

Eu concordo com você, está certo,
aquele fraco e repentino brilho
só poderia ter vindo de uma simples luz de vela.
Mesmo assim, isso proporcionou um grande alívio
para todos os oito
porque eles puderam por um fim àquela inútil briga,
e dizer uns para os outros: boa noite,
não importando as suas alturas.
Depois daquilo, eu tive um genuíno insight,
que costuma acontecer apenas com um real cavaleiro real:
Que somente podem discutir a fonte da luz
aqueles que têm o poder
de ver através da noite escura,
e dizer abertamente:
eu não sou um mero peso de papel.
Lembre-se: ninguém pode negar os seus direitos,
mesmo um simples olhar,
desde que você agarre-os com força.
Seja sempre honesto,
nunca fique ansioso e nervoso,
você tem peso suficiente.