Hoje, sexta-feira, dia 11/11/11, acordei pensando nessa singular combinação numérica cronológica e isso me fez lembrar de um outro dia ainda mais singular, que ocorreu há exatamente 900 anos: o 11/11/1111, onze de novembro do ano hum mil, cento e onze. Um dia absolutamente único, sem igual, sem paralelo, em toda a nossa era cristã (era DC – Depois de Cristo) – aliás, em qualquer era de qualquer mundo que já teve, tenha ou venha a ter um calendário similar ao nosso.
Isto porque, assim como é impossível ter havido o dia 00/00/0000(*), já que a contagem começou no dia 01/01/0001 – que também apresenta uma particularidade, mas de outro tipo – também é impossível que venha há ocorrer o dia 22/22/2222, simplesmente porque não existe o mês 22! (o qual, se porventura existisse, por analogia semântica se chamaria “vintembro”. já imaginou: vinte e dois de vintembro de dois mil, duzentos e vinte e dois – provavelmente seria o dia da partida do “expresso do Gil”)
(*) Como 00/00/0000 é absolutamente nada, pois o zero é o nada, poderíamos até dizer que este dia foi o dia em que tudo começou, o dia do Big Bang, o dia em que Deus iniciou sua grande obra universal, mas este dia está infinitamente aquém do dia do início da era do filho Dele no planeta Terra, o já citado 01/01/0001 – DC.
Graças a Deus, também, apesar do 13º salário, não existe o 13º mês, o “onzembro”. Já imaginou o que aconteceria no dia 13/13/1313?! Desgraças, catástrofes, falências e azares de toda ordem! Este, sim, seria um bom dia pro mundo ser detonado, pra tudo se acabar!
Assim, estando felizmente limitados ao nosso calendário de doze meses – que, inclusive, foi criado por um tal Gregório, dito sucessor de Cristo – só podemos ter, ou melhor, já tivemos, apenas 12 dias que apresentam essa singularidade: o número do dia coincidir com o número do mês e os quatro juntos formarem o número do ano. São eles:
01/01/0101, 02/02/0202, 03/03/0303, 04/04/0404, 05/05/0505, 06/06/0606, 07/07/0707, 08/08/0808, 09/09/0909, 10/10/1010, o famoso e único 11/11/1111 e, finalmente, o 12/12/1212 – que desconfio que foi o tal dia citado pelos astecas como sendo o do fim do mundo, deles (já passou há muito tempo e ainda tem gente achando que vai ser no ano que vem, no mero e inexpressivo 2012, que não tem nada de mais além de ser o simples ano em que eu me tornarei um homem “sex”!)
E se alguém quiser tirar os zeros à esquerda de janeiro a setembro, tudo bem, esses nove dias passam a ser: 1/1/11, 2/2/22, 3/3/33, 4/4/44, 5/5/55, 6/6/66 (dia da “besta do apocalipse”), 7/7/77, 8/8/88 e 9/9/99. Mas, mesmo assim, serão apenas 12 singulares dias.
Outra observação matemática interessante é que esses 12 dias, de 01/01/0101 a 12/12/1212, ocorreram ao longo de exatos 1111 anos, 11 meses e 11 dias (e, muito provavelmente, 11 horas, 11 minutos e 11 segundos – mas essas contas, além do dia, visto que o meu dia 11/11/11, aqui no FB, já termina, deixo para outros mais loucos fazerem!)
Pra fechar: num mundo e numa civilização tão dominados e caracterizados por dualidades, ambigüidades e polaridades, isto é, onde tudo é dividido, no mínimo, por 2 (dois), aquele dia 11/11/1111 talvez tenha representado um momento sem par, único, de união, de unicidade, do uno, do um (1) – seja lá o que for que isso signifique –, que jamais se repetirá.
Ou, na verdade, pode não ser nada disso e tudo isso seja uma grande bobagem, uma imensa falácia, pois datas, relógios e calendários são meras e circunstanciais convenções numéricas adotadas por seres de baixa capacidade intelectual que precisam disso para não se perder no tempo e no espaço. E, tanto eles quanto as suas datas, podem não ter relação alguma com as leis cósmicas que regem os universos e, portanto, não valem nada.
Dias de 24 horas, meses de 30 dias ou anos de 12 meses são invencionices humanas feitas de modo bastante aleatório, com muito pouco ou nenhum critério lógico, filosófico, matemático ou biológico. O dimensionamento de horas, minutos e segundos poderia ter sido feito de forma completamente diferente do que foi. Um dia poderia muito bem ter 37 horas, o mês, 15 dias, ou o ano, 23 meses. O “segundo” passaria um pouco mais rápido ou mais devagar, mas, e daí? Algum problema? Nenhum! Perceberíamos o passar do tempo exatamente da mesma maneira que sempre o fizemos. Apenas mediríamos e contaríamos em escalas diferentes, só isso.
Além disso, vocês sabiam que a própria data, inclusive o ano, do nascimento de Jesus Cristo é altamente questionada?! Dizem os estudiosos da questão que o Seu ano de nascimento ocorre dentro uma margem de incerteza de nada menos que 12 anos! Ele pode ter nascido no ano 6 AC ou no ano 6 DC, ou seja, 6 anos antes ou 6 anos depois Dele mesmo!
Portanto, o tal dia 11/11/1111 pode ter ocorrido, na verdade, em 17/06/1105 ou em 05/12/1117, e não possuir particularidade alguma nem com os próprios calendários terrestres e muito menos com os relógios universais. Adeus singularidade!
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