Alguém irremediavelmente viciado em escritas e estrelas, projetando palavras interiores em espaços exteriores.
quarta-feira, 26 de março de 2014
31/03/14
31/03/14
Não há nada a comemorar, é somente para lembrar,
para nossos mútuos pêsames, nosso íntimo pesar.
E nem mesmo lembrar para que não se repita,
nem ao menos para que se pense, se reflita,
porque não há necessidade de se repensar, não tem jeito,
algo que há muito está irremediável e desgraçadamente feito!
Trinta e Um de Março de Mil, Novecentos e Sessenta e Quatro.
Enganador, maquiavélico, de fantoches e marionetes, teatro!
São os cinqüenta anos, o cinqüentenário,
do nosso infame e permanente calvário!
Um dos dias mais tristes e vergonhosos,
desdenhosos, escabrosos e calamitosos,
da História do Brasil e do Mundo!
Dia trágico, sujo, falso, imundo.
O dia em que o Brasil perdeu a grande chance de realmente
começar a ser uma país livre, forte, soberano e independente,
para, mais uma vez, se tornar uma simples colônia periférica
de outro grande império do norte, agora da própria América!
Triste e desgraçada sina colonial,
selada por impérios do norte glacial:
começou com o velho império central,
ameaçou pender pra um império oriental
e acabou se dando a um império ocidental.
E bem que o Brasil poderia ter sido, nada mal,
um neutro, belo, alegre e festivo império tropical.
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