Dez anos à toa
Dez anos de vida “atoa”.
Mas que coisa boa!
Eu, que não sou tão coroa,
sem doença alguma que doa,
nem mal estomacal que enjoa.
Mas que vida boa!
Eu, que me divirto em
qualquer garoa,
que moro em beira de mato e
lagoa,
que todo ano passo por
Lisboa,
que ninguém jamais magoa.
Mas que coisa boa!
Eu, que piloto minha canoa
de pé na proa,
porque meu barco dispensa
qualquer toa.
Eu, que não me importo por
que o sino soa,
nem mesmo quando
insistentemente ressoa.
Mas que vida boa!
Por aí afora meu espírito
livre, leve, voa.
Que coisa boa, comigo
ninguém zoa!
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