segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Dez anos à toa!

Dez anos à toa
Dez anos de vida “atoa”.
Mas que coisa boa!
Eu, que não sou tão coroa,
sem doença alguma que doa,
nem mal estomacal que enjoa.
Mas que vida boa!
Eu, que me divirto em qualquer garoa,
que moro em beira de mato e lagoa,
que todo ano passo por Lisboa,
que ninguém jamais magoa.
Mas que coisa boa!
Eu, que piloto minha canoa de pé na proa,
porque meu barco dispensa qualquer toa.
Eu, que não me importo por que o sino soa,
nem mesmo quando insistentemente ressoa. 
Mas que vida boa!
Por aí afora meu espírito livre, leve, voa.
Que coisa boa, comigo ninguém zoa!

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