Alguém irremediavelmente viciado em escritas e estrelas, projetando palavras interiores em espaços exteriores.
quinta-feira, 17 de novembro de 2016
Holocausto das Mariposas
da longa série
Ensaios Poéticos Ao Bel-Prazer
Por Pura Falta Do Quê Fazer
Holocausto das Mariposas
Que nem nos blackouts energéticos,
daqueles tipo light elétricos,
coloquei umas velas
no parapeito da janela
para, de um jeito de outro,
parar, queimar, torrar, estorricar,
na chama do fogo ardente
o enxame de mariposa
que na sala voa,
na pele pousa
e na cabeça zoa.
Sete joules por segundo
de calor incandescente,
creio que quarenta minutos,
segundo meus cálculos, será suficiente.
Pode até não eliminar toda mariposa, libélula,
aleluia, pernilongo, besouro ou mosquito.
Mas, que ficou, ficou sim, muito bonito!
Tá parecendo um oratório,
oratório sem santo,
feito só para o pranto,
onde posso rezar inclementemente
pelo breve velório,
da morte em holocausto,
desses insetos impertinentes
(funcionou com 99% de eficiência!
vou postar no fakebook como receita de pseudo ciência)
foto by Brumbe, 16/11/16
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário