Alguém irremediavelmente viciado em escritas e estrelas, projetando palavras interiores em espaços exteriores.
terça-feira, 3 de fevereiro de 2015
Alma Ampla
Alma Ampla
(parodiando Fernando Pessoa, em:
“Se a alma não é pequena, tudo vale a pena”)
Se a alma é ancha
o amor tem cancha
e não se desmancha
nem se fecha em concha
Sai pro mar, sai pra amar, se lança
Equilibra-se, navega e deslancha
apenas sobre uma prancha
Se a alma é mansa,
o amor tem casa,
descansa,
acasala
Se a alma é mesmo ampla,
o amor, seu templo encontra,
venera, reverencia e contempla
Entra e canta seu sublime mantra
Se a alma tem graça,
o amor tem orgulho
do seu lar, sua praça,
seu melhor e seguro refúgio,
sua proteção, sua inviolável couraça
Mas, se a alma não é ampla,
então, o tal do amor
não se suplanta,
e só faz dor
Pois o amor é isto (não sei o que você acha):
Na crista da onda, uma destrambelhada prancha
sem um surfista que a controle na manha, na mansa
Uma prancha aos solavancos, em cambalhota,
sem um surfista que a domine, na maciota
(By Brumbe/Wide Soul/Leblon/Posto 12,5/Outono 2006)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário