Poesia em Dicotomia
Algo que vem e vai, vai e vem
Em constante dupla via, dicotomia
Se vem, é. Se vai, duvido que é meu
Será inspiração? Será psicotransmissão?
Só penso assim, sem querer também
Como um código, um manual, um guia
Que acende a luz, brilha, eliminando o breu
Apagando toda aquela ameaçadora escuridão
Está muito além de mim, muito além
Acontece comigo toda hora e todo dia
É muito mais forte e impositivo do que eu
Está além de qualquer premeditada intenção
Chega a me deixar zonzo, em estados zen
E eu que mal entendia, pouco ou nada sabia
Da arte de Blake, Pessoa, Chen, Voltaire e Abreu
E de tantos outros que caíram nessa danada tentação
Hoje só consigo estar realmente bem
Quando estou junto com a minha poesia
E não fui eu, foi o Brumbe, quem escolheu
É culpa só dele, do Brumbe, minha é que não!
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