segunda-feira, 1 de julho de 2013

arroz, milho e trigo


arroz, milho e trigo
 

Num fim de semana desses lá em casa, o meu genro, o Bê, no meio de uma conversa sobre comida – onde falava-se de milho, pamonha, mingau e outros derivados desse cereal –, levantou uma bola pra mim chutar (uma bola que, na verdade, eu já tinha passado pra ele meses atrás):
– E aí, Robertinho, e aquela história do milho... conta aí.
Acontece que eu não sou muito bom contador de histórias, principalmente com muita gente ouvindo, e muito menos sou bom de bola, ou bom da bola, sei lá. Tenho essa coisa de não gostar de falar muito, e nem muita paciência pra falatório. Abrevio muito as coisas que quero ou preciso falar, como se tivesse preguiça da oratória, e vai ver tenho mesmo.
O meu negócio é escrever. Bem ou mal, mas, escrever. Quando a gente escreve, há mais tempo para pensar no que se quer dizer, e o risco de falar asneira é bem menor, não é mesmo?! Não que escrevendo, a pessoa esteja totalmente imune a dizer besteiras, mas que assim procedendo reduz sensivelmente a probabilidade dessas ocorrências.
Daí que eu respondi ao passe de bola do B, simplesmente dizendo que o milho é um cereal estranho, transgênico ou artificial mesmo, e que a capa do seu grão é a prova disso – e a prova dágua, também –, pois é feita de um material plástico. Claro que ninguém entendeu muito bem a minha colocação, pois a questão exige explanação bem mais longa, detalhada, e profunda.
Vi e ouvi isso, há alguns anos, numa dessas matérias de assuntos ufológicos ou extraterrestres – que costumam me deixar, vidrado, fascinado – num canal de TV (NatGeo, Discovery ou History), e as argumentações e “provas” da tese apresentada me pareceram bastante interessantes e plausíveis:
Dizia que todas as antigas e primordiais civilizações humanas do planeta Terra não têm origem no próprio planeta, mas, sim, em outros planetas, de outras galáxias, ou seja, que o nosso planeta foi, na verdade, colonizado por civilizações extraterrestres, e que, portanto, todos nós somos descendentes de povos oriundos do universo extra-planetário.
E que tal colonização foi dividida – por acordos e tratados ou por mera casualidade ou por questões de oportunidade e interesse, inclusive econômico, envolvendo até guerras – entre três grandes civilizações humanas extraterrestres, bastante semelhantes entre si, mas de culturas, sociedades, filosofias, políticas, tecnologias, etc, significativamente diferentes.
E que então, de fato, foram fundadas três colônias em três grandes regiões geográficas do planeta: a primeira nas Américas (Norte, Central e Sul), a segunda abrangendo a Europa e o Oriente Médio, e a terceira englobando todo o restante da Ásia e a Oceania – não necessariamente nessa ordem de fundação. O que não ficou muito claro é a situação da África: se os africanos, ou a raça negra, são também “extras”, de uma quarta civilização, ou se são originários, únicos, do próprio planeta.
Estas colonizações teriam ocorrido logo após o grande cataclismo planetário que extinguiu os gigantescos animais que predominavam na Terra até então, os Dinossauros.
Uma das principais “provas” apresentadas diz respeito às diferenças fisionômicas, ou de biótipos, das populações originais dessas regiões do planeta: os vermelhos americanos, os brancos europeus, os negros africanos e os amarelos asiáticos. Sem falar das gritantes diferenças de modos de associação coletiva, princípios éticos, morais e sociais, hábitos, costumes, técnicas, crenças, etc.
Outra “prova” mostrada são as diferenças arquitetônicas das moradias e dos monumentos desses povos: as cabanas americanas, os pagodes chineses, as casas de bambu e papel japonesas, as pirâmides egípcias (em que pese haver ruínas de pirâmides também na América Central e na Ásia; o que é outra história, talvez de “intercambio cultural” entre os povos).
Mas a “prova” que eu achei mais interessante, e aqui entra o caso do milho, foi a das diferenças na agricultura e na alimentação, mais precisamente na diversidade dos grãos básicos, os cereais fundamentais, para produção de alimentos nas três regiões: o milho nas Américas, o trigo na Europa e Oriente Médio, e o arroz na Ásia. Afirmaram que três agriculturas tão diferentes somente poderiam ser cultivadas por povos também bastante diferentes, geograficamente isolados não só no planeta como também oriundos de pontos diferentes do próprio espaço interplanetário.
E o que eu achei ainda mais interessante foi o que eles disseram sobre o milho: que, ao contrário do arroz e do trigo, era um cereal “estranho”, não muito adaptável às condições terrenas, climáticas e ambientais do planeta, e que foi, por isso, de cerca forma “adaptado” ou manipulado geneticamente para poder ser cultivado aqui.
Mas que, mesmo assim, o milho não se adequou perfeitamente ao metabolismo dos seres descendentes coloniais, no caso, os índios americanos, visto que a “capa plástica” que envolve o grão nunca é absorvida satisfatoriamente pelos órgãos digestivos dos humanos terráqueos – disso eu sempre desconfiei, tanto que nunca gostei de comer milho em grão, assado ou cozido ou de qualquer outro jeito. Milho, pra mim, só se for mingau, pamonha ou coisa assim, sem casca; assim como procedo com o camarão, que só como retirando a carapaça que também é “plástica”, mas isso é, também, outra história – ou será que o milho e o camarão vieram do mesmo planeta? Pode ser! É o planeta dos seres plastificados! 
E fiquei pensando comigo mesmo: será que essa falha ou defeito do milho tem algo a ver com a misteriosa extinção das civilizações que o plantavam e o comiam regularmente? Pobres Mayas, foram dizimados por intoxicação no milharal! Isso é o que dá comer coisas sem confirmar a procedência!
E já que começamos falando de bola e terminamos falando de Mayas, sabiam que quem inventou o futebol foram eles e não os Ingleses? Pois é, vi isso também num desses programas do History Channel: os Mayas praticavam um esporte, também jogado por duas equipes, muito parecido com o atual futebol, só que era um futeredi, ou foothead em inglês. Era assim: depois das batalhas, eles decepavam as cabeças dos inimigos, colocavam-nas em um campo aberto e plano, e chutavam as mesmas em direção a duas metas opostas (duas traves e uma espécie de pano ou rede formando um “gol” com cerca de três metros, em cada extremidade do campo), e o time que juntasse mais cabeças dentro desse gol era o vencedor!
O que é que isso tem a ver com o nosso assunto principal, o milho? Nada! A não ser, talvez, que o fato dos Mayas terem comido muito milho extraterrestre transgênico possa ter lhes afetado tanto a cabeça a ponto de levá-los a praticar esportes tão sinistros e macabros como esse futeredi, e até induzi-los a cometer suicídio coletivo, provável razão da sua extinção!    

Nenhum comentário:

Postar um comentário