Star-Being Theory
Teoria do Ser-Estrêla
Certas antiqüíssimas filosofias místico-espirituais do oriente, talvez o hinduismo, o budismo ou o zen-budismo, proclamam e professam, há milênios, que não só a Terra, mas também o Sol, a Lua, as estrelas, os cometas e todos os astros do cosmos, de todo o universo, são seres vivos de fato. Não apenas simbólica, figurativa ou metaforicamente falando, mas realmente vivos, sensíveis, ágeis, pensantes e inteligentes, como nós, seres de carne e osso, só que com outras composições físico-materiais, é claro. E, mais que isso, além de constituírem seres viventes individuais, eles se comunicam, se relacionam, se influenciam, interagem entre si, formando verdadeiras comunidades cósmicas, universais, inclusive estabelecendo hierarquias de poder e comando entre eles. É dito, também, que a vida no nosso universo somente ocorre e se manifesta plenamente, em sua expressão máxima, mais perfeita e sublime, nesses níveis cósmicos, nas esferas astronômicas, e não no nosso nível terreno, animal, humano – e que nós estaríamos aqui, vida após vida, em constante processo de evolução, como seres espirituais, para um dia ascendermos, transcendermos, desse nível mundano para aquele, universal.
Então, um dia, nós todos, nos tornaremos estrelas?!
Há tempos venho pensando sobre isso: se existem bilhões ou trilhões de estrelas e planetas no universo e se também existem, muito provavelmente, bilhões ou trilhões de seres viventes como nós nesse mesmo universo, será que não há uma relação direta, biunívoca, uma real relação de vida, entre esses dois tipos de seres, entre os seres como nós e esses seres astronômicos, entre o microcosmo e o macrocosmo? Isso me lembra um famoso e antigo ditado místico-religioso que diz que “assim como é em cima, é embaixo”, ou vice-versa. Como esse nosso universo é, sábia e sabidamente, regido pelas dualidades, pelos pares, duplas, opostos ou não, é perfeitamente plausível que os seres desse universo possam ter dois tipos de vida: essa aqui, embaixo, e outra lá, em cima. Ou que essas vidas possam se refletir, se manifestar e se incorporar sob duas formas concretas e distintas: uma, aqui, no micro, e outra, lá, no macro. E, ainda, que as duas, por meio de alguma forma ou canal misterioso, se relacionem, se comuniquem, se influenciem e interajam entre si.
Visto que na Terra, assim como em todo o nosso Universo, tudo está em constante movimentação, expansão e evolução, essas duas formas de vida também assim estariam. Desse modo, é bastante provável, e possível, que as formas de vida micro estejam se desenvolvendo e evoluindo em direção aos seus respectivos pares de formas de vida macro, para se tornarem iguais, ou, melhor ainda, para se unificarem, no estágio final desse processo evolutivo, em uma só vida, num único ser vivo. Outro modo, ou outro ponto de vista, que explicaria a mesma coisa, seria o de definir o micro, o homem, como uma minúscula parte que, temporária e periodicamente, se separaria do macro, o astro, e se incorporaria, encarnaria, como um outro ser individual, nos níveis de baixo, para viver e cumprir certas etapas do processo evolutivo que somente seriam possíveis nos mundos do microcosmo.
Partindo, agora, para uma linha de raciocínio um pouco mais ousada e detalhada entre os dois cosmos, o micro e o macro, é possível até tentar estabelecer uma relação e uma classificação hierarquizada entre os seus respectivos habitantes ou entidades, conforme apresentado resumidamente na seguinte correlação (cada uma das coisas do Macro teria seus respectivos pares no Micro, e vice-versa):
Macro:
1- estrela
2- planeta
3- satélite
4- cometa
5- meteoro
6- meteorito
7- poeira cósmica
Micro:
1- ser-inteligente (homem/mulher)
2- elefante, vaca, cavalo, tubarão, baleia e similares
3- leão, cachorro, gato, tigre, peixe-boi, golfinho e afins
4- pássaros e peixes de grande porte
5- pássaros e peixes de pequena escala
6- mosquito, borboleta, pernilongo, bezouro e parentes
7- vermes, germes, ácaros, vírus e bactérias em geral
É muito instigante, e até preocupante, constatar que, segundo essa teoria, assim como a poeira cósmica pode envolver uma estrela, e, seu baixo corolário, como germes e bactérias, podem viver sobre a pele do homem, outros interessantes relacionamentos físicos ou orgânicos desse tipo podem ocorrer, tal como, por exemplo, um ser inteligente, como o homem, que viva na crosta de um planeta, como a Terra, estar vivendo, na verdade, sobre o correlato cósmico do couro de uma vaca ou de um elefante – o ruim disso é que há um certo perigo de a vaca e o elefante acharem que esses vermes estão danificando os seus belos couros, e resolverem eliminá-los, exterminá-los, de alguma forma.
Por outro lado, pode ser muito excitante, e até gratificante, verificar que planetas, satélites e cometas podem estar gravitando e girando em torno dos homens, atraídos e magnetizados pelos parceiros cósmicos destes, as estrelas.
Finalmente, talvez cada um de nós, homens e mulheres desse mundo, tenha a sua própria e única estrela correlata, a sua parte cósmica, a sua estrela-guia, em algum ponto do universo, nos guardando e nos aguardando.
Talvez linguagens de expressão ou chavões e cliches tão comuns e corriqueiros como “ela é uma grande estrela”, “êle tem estrela”, ”nasce uma estrela”, “virou uma estrelinha”, ou “somos poeira das estrelas”, sejam muito mais profundos, concretos e verdadeiros do que jamais imaginamos.
Valeria, afinal, reformular, e ao mesmo tempo responder afirmativamente, a pergunta colocada no início: Então, um dia, todos nós retornaremos como estrelas; todos nos tornaremos estrelas.
Talvez você seja Sirius, talvez êle ou ela seja Vega...
Deixe sua estrela brilhar!
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