sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Degeneratum


Degeneratum

O teclado era bem diferente, mais largo e mais comprido, e com muito mais teclas, de tamanhos parecidos com as nossas, mas com muito mais símbolos e caracteres diferentes; tanto os que representavam "letras" quanto os representavam "números". Também, pudera, o sistema numérico deles era baseado no número doze (ou doze unidades de qualquer coisa), podendo ser chamado de sistema "dozemal", e não no nosso familiar, simples e querido sistema decimal (das dez unidades básicas com que efetuamos, há milênios, a contagem de qualquer coisa do nosso velho mundo). É que eles tinham doze dedos! Todos exatamente iguais aos nossos, apenas cerca de 20% mais longos, sendo seis em cada mão, também exatamente iguais às nossas. E em todo o resto do corpo eles eram muito semelhantes a nós, só que um pouco mais baixinhos e cabeçudos - Ah, e é claro, com seis dedos em cada pé, e, também, 20% mais compridos.    
Talvez, a causa primitiva, primordial, ou primatal, dessa diferença digital (dos quatro dedos a mais) se deva, naturalmente, ao fato de eles terem tido maior dificuldade, em determinado momento da sua trajetória evolutiva, não só para se locomoverem nas árvores como, também, para descer delas e caminhar com os dois pés no chão. Pois é fato, também, que as árvores deles eram bem maiores, galhadas, fechadas, truncadas e desengonçadas do que as nossas, o que prejudicava bastante o sucesso de qualquer bicho que quisesse subir ou descer delas - mas, isso já é uma outra história, que não vem aqui ao caso.
O caso, aqui, até agora, é que o Pedrinho não teve a menor dificuldade manual, digital, e muito menos mental e intelectual, para se adaptar rapidamente àquele estranho e alienígena teclado e a tudo o que estava por trás e à frente dele: seus códigos e seus processadores, seus softwares e seus hardwares. Mas, pensando bem, o quê um garoto de catorze anos, nascido no planeta Terra no ano da graça de 2001 dC, em pleno auge do primeiro salto tecnológico da era da informação do nosso mundo, não conseguiria fazer em qualquer outro mundo cibernético e altamente informatizado, mesmo sendo tecnologicamente mais avançado?!
Bastou aprender a linguagem básica formada por aqueles símbolos e sinais, e em menos de 24 horas (das nossas) ele já estava navegando nas redes deles! É claro que eles tinham sistemas de comunicação e informação muito mais avançados, rápidos e eficientes, como os SPTQSCESDIIs (Sistemas de Processamento e Transmissão Quântica de Saltos e Conexões Espaciais Supradimensionais, Intergrupais e Interpessoais); mas, como isso era muito pra cabecinha do menino - era como querer que alguém que só soubesse dirigir um fusquinha 1966, de repente sentasse no cockpit de um jato caça-bombardeiro F-18 e saísse voando perfeitamente. Assim, deixaram ele aprender brincando com os computadorzinhos ópticos de 750 anos (deles).
Aquilo era uma espécie de curso ou estágio escolar interplanetário avançado para conhecimento, convivência e sobrevivência junto a sociedades alienígenas tecnologicamente mais adiantadas - algo como o que Colombo deveria ter feito com os Astecas, ou Cabral com os Pataxós (mas, agora é tarde!) -, e era específico para alunos do 2º. Grau. Muitos colegas do Pedrinho também estavam ali, colegas de outras salas, salas da Indonésia, da Bolívia, do Japão, da frança, do Azerbaijão, da Groelândia, da Venezuela, e de várias outras salas. E apesar da coisa toda (chamemos, pra facilitar, de "curso intensivo") ter sido real, ter acontecido de fato, ao voltarem para casa os meninos e as meninas "instruídos" se lembrariam de tudo detalhadamente apenas como um grande sonho, ou pesadelo, que levariam pro resto da vida.
Naquele momento, todos estavam tendo aula de informática, processos e comunicação. Não pelo mérito e valor dessas disciplinas em si, mas, sim, porque era através delas e de suas teleredes que eles poderiam aprender e entender como aquele povo, aquela sociedade, e seus sistemas sociais, políticos, governamentais e institucionais funcionavam.
Depois de se familiarizar suficientemente com os principais programas, rotinas e aplicativos de acesso às redes sociais - melhor dizer: redes científicas, educacionais, culturais e artísticas -, Little Peter quis saber como reconhecer, prevenir e combater os ataques cibernéticos, principalmente, claro, os de vírus danosos aos sistemas, ou seja, como aplicar os antivírus de contra-ataque. Foi a única vez que o seu gentil e paciente guia-monitor quase teve um ataque de nervos por não saber responder! Acontece que isso de "vírus" cibernéticos, e muito menos "antivírus", simplesmente não existia nos sistemas computacionais deles, e jamais existiu antes, mesmo nos primórdios da sua primeira era digital.
Mas, o abnegado e dedicado guia-instrutor prometeu pesquisar o assunto na biblioteca planetária central que continha bilhões de trilhões de teragigabites de informação em arquivos óptico-quânticos com a história completa e detalhada de todos os planetas daquele sistema estelar, bem como de todos os sistemas, planetas e civilizações, semelhantes ou não à deles, com as quais já haviam mantido contatos mais estreitos (de 3º. Grau em diante); o que representava o astronômico montante de 849.652 planetas que já abrigaram civilizações que já desenvolveram algum tipo de tecnologia ou não, ainda ativas ou já extintas.
Quanto ao POR QUE?! da não necessidade de utilizar programas ou sistemas "antivírus", os resultados das pesquisas do dedicado e abnegado guia-professor investigador não foram nada satisfatórios, foram pífios, negativos, inexistentes. Eles, os aldebaranianos, não tinham e nunca tiveram necessidade disso! Vai ver, talvez essa desnecessidade se devesse a algum misterioso e insondável aspecto ou característica da sua educação e cultura deca-milenar, um princípio ético, um fundamento moral, há dezenas de milênios arraigado na mente e no espírito das pessoas, quem sabe?! Mas, a pesquisa apresentou um resultado colateral, "inesperado", que se adequou perfeitamente aos objetivos daquela aula que já era, então, a aula final:
Porém, antes de apresentar e explicar o tal resultado "inesperado", o sábio e tranqüilo guia-mestre começou fazendo uma explanação geral sobre a importância da Comunicação como base fundamental para a vida de qualquer sociedade, inclusive para a sua sobrevivência e continuidade, e sobre os Cinco Passos, ou Eras, da Evolução da Comunicação Física - não trataram dos níveis superiores de comunicação, das "Não Físicas", pois estavam muito além do escopo desse "curso intensivo" -, pelas quais TODAS as Civilizações Técnicas mais desenvolvidas e conhecidas por eles (cerca de 300.000!) inexoravelmente já passaram; o que foi fundamental para que o tal resultado "inesperado" fosse bem entendido:
1º. Comunicação Falada (apenas voz a curta distancia); 2º. Comunicação Escrita (em pedra, madeira, papel); 3º. Comunicação Elétrica (já a longa distancia, telégrafo, telefone); 4º. Comunicação Eletrônica (ou digital, por códigos binários em qualquer meio eletrônico); 5º. Comunicação Quântica (por codificação e processamento através de comutação entre partículas subatômicas, os Quantas, em qualquer meio sólido, líquido, gasoso ou plasmático).
Depois de explicar essas cinco etapas, ele alertou: - É que há um perigo terrível, maquiavélico, diabólico, embutido no 4º. Passo! E este perigo, por si só, é capaz de derrubar e aniquilar uma civilização inteira! Acontece que quando uma civilização tecnológica chega ao ponto de, no 4º. Passo, ter que criar milhões de defesas para se proteger de milhões de ataques que nascem dentro dos seus próprios sistemas de comunicação e informação, ela está normalmente fadada ao fracasso. E isto se dá, geralmente, em três fases, ou etapas, consecutivas e inescapáveis: Contaminação, Degeneração e Extinção.
(Sem falar dos vírus biológicos, criados proposital, acidental ou inadvertidamente, para fins bélicos ou afins, que costumam ser tão danosos e destruidores quanto os vírus eletrônicos, e levam ao mesmo fim. Mas, isso é, também, uma outra história)
Então, o guia-doutor apresentou o tal resultado "inesperado" da pesquisa do guia-monitor: das 297.568 civilizações que já passaram pelas Cinco Eras da Comunicação Física, ou ainda estão no fatídico quarto passo, 89,46% tiveram que usar antivírus em suas redes; e, destas (e aqui veio o dado alarmante!), 97,31% não sobreviveram! Em outros números opostos: apenas 10,54% das civilizações (inclusive a deles) nunca utilizaram antivírus, e das que tiveram que utilizar isso somente 2,69% sobreviveu e continua ativa até hoje; o que significa um total de apenas 38.525 civilizações sobreviventes.
E como os aldebarianianos eram gente de muita paz, muita alegria, muito amor, muito bom humor, e, também, bastante literatos, poéticos e musicais, e falavam, discutiam e discursavam natural e normalmente em prosa e verso - na verdade, mais verso do que prosa -, foi assim que o guia-reitor concluiu a aula final:
- Pois é, querido, sonhador e intergaláctico menino Pedrinho, foi pra isso que aqui vieram você e os seus amiguinhos. É pra levar esse recadinho pro seu povinho. Esse e outros tais e quais relativos ao mesmo original e viral mal:
depredação ambiental; extinção florestal; poluição industrial; exploração comercial; expropriação mineral; destruição vegetal; matança animal; comida não natural; alimentação artificial; discriminação social; preconceito racial; recriminação sexual; intolerância cultural; religiosidade ornamental; igreja doutrinal; crítica superficial; degradação musical; falta de educação teatral e musical; deficiência educacional em geral; crime passional; corrupção governamental; inépcia e ineficiência judicial; congresso não nacional; desequilíbrio capital x social; produção serial em detrimento da artesanal; excessiva preocupação material; total inconsciência espiritual; incremento do poder de fogo no arsenal; submissão ao senhor da guerra, sempre mortal; guerra local ou mundial; perigo de instituição de lei marcial; aplicação maciça de pena capital; omissão e descaso federal, estadual ou municipal; fechamento de escolas de ensino fundamental; construção de instalação penal; desestímulo local a favor de todo e qualquer padrão global; políticos com interesse pessoal, ignóbil e imoral; manipulação eleitoral; governo ditatorial; transgenia agricultural; mão de obra escrava no canavial ou em qualquer outro ambiente urbano ou rural; transgressão medicinal; remédio artificial; parto não natural; aquecimento global; desertificação equatorial e tropical; degelo glacial; censura a enredo de escola de samba no carnaval; etecetera, etecetera e tal.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Montanhas


Montanhas

(baseado em um app facibuquiano)

Minhas palavras mais escritas
durante esse bendito ano
Nada ofensivas nem malditas,
apenas nuances do profano:

No mundo todo há sempre vida
e montanhas também pra se ver
Ainda assim, todas, em dias de quase sol
Apenas acho que, bem, não sei tão ser,
todos ou nada, sem a minha ao lado
Hoje, em mim, é tempo já,
e elas estão lá

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Moedas


Moedas

Nova York e Valadares
Londres e Linhares
Paris e Bento Rodrigues
Berlim e Baixada dos Biriguis
Miami e Nova Canaã
Montreal e Teerã
Tóquio e Cabul
Madri e Istambul
Genebra e Islamabadh
Viena e Vila da Sherazade
.................................
Faces das mesmas moedas
Moedas com as quais se compra e se vende
Moedas com as quais se lucra e se perde
Moedas que insistem em encher os bolsos de uns poucos
e esvaziar os de muitos outros
Enquanto essas famigeradas e desequilibradas moedas
emigrarem sem volta assim,
será sempre assim:
Muitos matarão por elas
Muitos morrerão por elas

Os Dois Lados da Montanha II


Os Dois Lados da Montanha II

A minha cidade tem (ou tinha?!) uma grande montanha. Sempre vejo um lado da montanha, raramente vejo o outro lado da montanha. E, antes de todo o montante restante, é bom lembrar que uma boa, decente e geologicamente bem formada e assentada montanha sempre tem, no mínimo, dois lados, quando não três, cinco, dez...
E, desde que me conheço como bom mineiro observador de montanhas – principalmente de montanhas em movimento, montanhas andantes, montanhas decrescentes e minguantes –, repito, sempre tenho visto o meu lado da montanha e muito esporadicamente tenho olhado o outro lado, o lado dos outros que vivem do outro lado da montanha.
Mas, dias atrás, pela primeira vez, desde que conheço essa montanha, eu subi no topo, no cume, da montanha, e pude ver, admirar, ler, entender e interpretar, simultaneamente, os dois lados da montanhas!
É isso mesmo, dois lados, porque a minha montanha só tem mesmo dois lados, porque ela já foi tão explorada, escavada e devastada do lado de lá que já perdeu seus lados laterais. E do lado de cá ela mais parece um gigantesco outdoor como, o que é pior, uma propaganda enganosa de montanha, um espectro, um fantasma de montanha, virado pro meu lado, o lado da cidade grande, enganando a cidade e todo mundo da cidade que olha pra montanha.
Pra quem ainda não sacou qual é a minha montanha, qual? Muito fácil: ela é a principal da minha cidade natal, é aquela mesma do antigo del’rey curral – e já pensou se esse enganoso outdoor montanhoso um dia vier abaixo e romper todas as barragens de rejeitos minerais que estão do lado de lá da montanha da capital das Gerais?! Poderemos ver uma bela, dantesca e horripilante cena apocalíptica digna de qualquer filminho-catástrofe americano: um gigantesco e turbulento rio de lama descendo pela Av. Afonso Pena abaixo até inundar e destruir todo o centro da cidade, e depois se esgotar no Ribeirão Arrudas, cair no Rio das Velhas, vazar pelo São Francisco afora até morrer no mar (ou, pior, até matar no mar!)
Mas, depois de tergiversar pelos talvegues e talvezes, pelas costas e encostas e pelas redondezas e profundezas da montanha, voltemos à montanha propriamente dita, aos seus dois únicos lados, ao seu cume, e ao tópico principal, de modo a poder ir escalando o assunto até alcançar o seu topo, em verdadeiro e quase literal alpinismo com palavras.
Como eu dizia, era a primeira vez que via, concomitantemente, os dois lados da montanha, o lado de lá e o lado de cá. E o quê que uma visão inteira, integral, holística, do conjunto, do todo, não nos faz pensar!
Numa só seqüência contínua, como o que se vê quando se contempla um belo horizonte montanhoso, lentamente, detidamente, mineiramente, vagando o olhar de um lado para o outro, o que eu vi foi o seguinte:

Do Lado de Lá da Montanha,
a montanha é dinamitada, detonada, pra formar grandes montes de pedrinhas de minério de ferro esfareladas;
as pedrinhas são carregadas por escavadeiras ou pás carregadeiras;
as escavadeiras e pás carregadeiras descarregam as pedrinhas nos caminhões ou nas rolantes esteiras;
os caminhões e as esteiras rolantes despejam as pedrinhas nos vagões de carga de um imenso trem de mais de duzentos vagões (aliás, esse trem de ferro é o único que mineiros vêem nos últimos cinqüenta anos!);
o trem de ferro de duzentos vagões viaja cerca de quinhentos quilômetros até chegar a um porto no litoral que Minas não tem;
neste porto marítimo mais próximo (*), no Espírito Santo – nosso querido Estado de férias e praias –, o trem entrega sua carga de pedrinhas pra grandes navios cargueiros graneleiros;
os grandes navios cargueiros minereilos navegam milhares de milhas náuticas até outros portos na Ásia, na Europa e até mesmo na América;
nestes portos, os navios negreiros, ops, digo minerioleiros, despejam as pedrinhas em outros trens estrangeiros;
os trens estrangeiros transportam as pedrinhas até grandes usinas siderúrgicas estrangeiras;
nestas usinas siderúrgicas as pedrinhas são cirurgicamente usinadas e transformadas em ferro e aço – nesse processo alquímico-siderúrgico eles freqüentemente extraem algumas gramas de “resíduos” de ouro, mas isso é irrelevante, não vem ao caso;
lá mesmo o aço é laminado e transformado em placas de todo e qualquer tipo, qualidade, espessura e envergadura.
as placas de aço são colocadas em outros trens ou caminhões;
estes trens e caminhões transportam as placas de aço até os portos estrangeiros e as entregam pra outros navios cargueiros;
os navios cargueiros de aço plaqueiros, ou seja os que transportam as placas de aço do estrangeiro, levam as placas de aço pra outros portos estrangeiros;
nestes outros portos elas são carregadas em outros trens ou caminhões os quais as transportam até às fábricas de coisas metálicas em geral, inclusive de auto-peças tais como chassis, motores e latarias de automóveis;
estas fábricas de coisas metálicas despacham (just in time) suas auto-peças, via trem, avião, navio ou caminhão, pras montadoras de veículos automotores ao redor do mundo (inclusive para aquela logo ali embaixo, a italiana, que eu consigo ver daqui do topo dessa montanha);
nas montadoras de veículos automotivos (mesmo sem motivos pra tantos autos) as auto-peças são montadas de forma a formar os tais veículos automotores, mais popularmente conhecidos como carros;
os carros são enviados pras estradas, pras ruas, pros campos e pras cidades;
e os carros (inclusive o meu, que eu vejo daqui, estacionado ali ao pé dessa montanha) vêm rodar, roncar, buzinar, poluir, atropelar e infernizar a vida da gente, bem aqui,
Do Lado de Cá da Montanha.

Maniqueistamente maluco e maquinalmente maquiavélico isso, né?!
As pedrinhas do lado de lá da montanha foram atiradas pro lado de cá da montanha e caíram aqui sob a forma de carros!
Saíram do lado de lá da montanha, rolaram, viajaram, por meio mundo, e vieram parar do lado de cá da montanha como veículos sobre rodas!
Eu preferia que elas jamais tivessem que sair do lado de lá pra vir pro lado de cá da montanha. Acho que a montanha, a cidade e o planeta, também.
E a mixaria vergonhosa, escandalosa, escabrosa de royalties sobre o minério de ferro que a gente ganha! Nem mesmo toda a “maravilhosa” revisão fiscal – da qual, há tempos, não se vê sinal – que se promete há séculos, desde os tempos dos ingleses do “uai”, compensaria toda essa gigantesca, usurpadora e detonadora movimentação de montanhas de pedrinhas!
Toda moeda tem dois lados, certo? Errado! Pois os dois lados da minha montanha nos apresentam uma incrível, impossível, surreal, predatória e matreira moeda de um lado só! Uma que só tem o lado “deles”!

(*) Porto de Tubarão, em Vitória - Espírito Santo: É considerado o maior terminal de exportação de minério de ferro do mundo! Nome bastante apropriado porque é onde os gananciosos e insaciáveis tubarões da indústria siderúrgica mundial devoram o nosso minério de ferro!

Foto do atual painel, outdoor, chamado Serra do Curral - aliás, nome também bastante apropriado aos destinos do lugar, mas, isto já é uma outra história...

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Netos II


Netos II

Netos crescendo
e mais um chegando.
E de repente, sem espanto,
eles mudam de sapato,
trocam 17 por 37 ou 44!
Por todos os santos!
Benzadeusamém!

Foto by Bernardo Krauss – o pai
Copyright © Brumbe 2015 – texto e foto