Alguém irremediavelmente viciado em escritas e estrelas, projetando palavras interiores em espaços exteriores.
sexta-feira, 23 de janeiro de 2015
Divina Paranóia
Divina Paranóia
(versão compacta)
Homens religiosos numa insana procissão
Estão ora-clamando por uma nova igreja
Outra realmente cheia de graça, benfazeja
Na qual possam acreditar sem pré-condição
Se você tem uma crença, segure-a firme
Se você não tem, procure se firmar numa
Anjos da Guarda estão com sérios problemas
Para obter um meio digital, de alta tecnologia
Que os permita proteger melhor as pessoas
Nos seus velozes e alucinantes dia a dia
Se você tem uma crença, livre-se dela
Se você não tem, melhor nada dizer
Cristo, consultando suas bíblias sagradas
Está procurando por uma única boa razão
Por ter sido trocado por fuzis e granadas
Por ter sido tão abandonado sem perdão
Se você tem uma crença, muito bem
Se não tem, está mal, vai para o inferno
Buda, sentado sob a árvore das inspirações
Está elucubrando porque suas palavras santas
Ao invés de libertar as mentes e os corações
Foram eliminadas por espadas sanguinolentas
Se você tem uma crença, mande-a pro inferno
Se você não tem, por céus, é melhor não falar
Maomé, encafifado, não consegue compreender
Como os ensinamentos do seu belo Alcorão
Escrito somente para o crescimento promover
Só produz tantos suicidas e tanta alucinação
Se você tem uma crença, você nunca morrerá
Se não tem, perdido na mentira sempre estará
Moisés, virando as páginas da sua velha Torá
Está se questionando como este celestial maná
Feito para tornar as pessoas mais sadias e fortes
Pode ser canibalmente trocado por unhas e dentes
Se você tem uma crença, você nunca mentirá
Se não tem, pobre, fraco e seco você morrerá
Nem todos os Orixás
Com os seus belos iorubas
Conseguiram trazer algo melhor para cá
Por Iemanjá, como eu gostaria de dizer Oxalá!
Se você tem uma crença, estás livre dos sete pecados
Se não tem, vá livre, diretamente, para o sétimo céu
Deus, admirando todos os seus princípios estáticos e dinâmicos
Está tentando achar, ao menos, uma única afirmação
Que justifique Ele ter sido trocado por bósons e quarks atômicos
Que explique a Sua total, singular e universal solidão
Se você tem uma crença, você irá para o paraíso
Se não tem, encontre um bom terreno paradisíaco
Mesmo Kardec, revisitando seu código etéreo magnífico
Está ensimesmado por não ter chegado ao centro da questão:
Que seus santos espíritos apenas diferentes formas de vida são
Incorporadas com energia quântica de padrão específico
Sob freqüências eletromagnéticas de hertz / trilhão
Se você é um espírito livre, superior, sem compromisso
Você pode escolher um, dois, três... ou nada disso
Divine Paranoia
(short version)
Priests in an insane race
Are claiming for a church
One really full of grace
In which people could trust
If you have a faith, hold it tight
If you don’t, one you must find
Angels are on serious trouble
To get a faster and digital way
To better guarding people
On their high-tech day by day
If you have a faith, throw it away
If you don’t, you better don’t say
Christ consulted the Bibles
Searching for a good reason
For has been changed by rifles
For has been left so alone
If you have a faith, very well
If you don’t, go to the hell
Buddha sited under the tree
Is guessing why his words
Instead of making minds free
Were surpass by bloody swords
If you have a faith, send it to the hell
If you don’t, you better don’t tell
Mohammed doesn’t comprehend
How the teachings of his Quran
Written to promote grow and stand
Are producing so many bombmen
If you have a faith, you’ll never die
If you don’t, you’re lost in the lie
Moses turning the pages of the Torah
Is wondering how this wisdom speech
Coined to turn the gentiles better fair
Can be so cannibally replaced by teeth
If you have a faith, you’ll never lie
If you don’t, poor and weak you’ll die
Neither all the Orixás
With all their good iorubas
Succeed to bring here something better
By Iemanjá, how I would like to say: Oxalá!
If you have a faith, avoid the capital sin seven
If you don’t, go free to the seventh heaven
God, looking at all his stars and starts
Is asking himself how to find Just one clue
Justifying why he had been switch by quarks
Explaining why he had became so dark’n’blue
If you have a faith, you’ll go to heaven
If you don’t, think about, at least, seven
Even Kardec, revisiting his magnificent code,
Is asking himself why he didn’t got its matter core:
That his holly spirits are just different forms of life,
Being like us, materially embody under very ultra high
quantic energy and electromagnetic frequency forms
If you really are a high and free spirit,
You can choose one... or none of it
(By Brumbe, in an unfaithful 2008’s day)
quarta-feira, 14 de janeiro de 2015
Nós x Eles / Eles x Nós
Nós x Eles / Eles x Nós (1)
Nós queremos dominar o mundo
Eles querem dominar o mundo
Nós queremos o mundo só pra nós
Eles querem o mundo só pra eles
Nós achamos que a verdade é a nossa
Eles acham que a verdade é a deles
Nós achamos que o direito é só nosso
Eles acham que o direito é só deles
Nós achamos que Deus é o nosso
Eles acham que Deus é o deles
Nós não sabemos conviver com eles
Eles não sabem conviver conosco
Nós não queremos conviver com eles
Eles não querem conviver conosco
Nós queremos expulsá-los do mundo
Eles querem nos expulsar do mundo
Nós queremos destruí-los e matá-los
Eles querem nos destruir e nos matar
Nós não podemos viver pacificamente com eles?
Eles não podem viver pacificamente conosco?
Nós somos superiores?!
Eles são inferiores?!
Nós somos o Bem?!
Eles são o Mal?!
É isso mesmo?!
(que pena que o planeta é um só!)
Ah... mas, nós somos mais civilizados que eles!
Então, compete a nós ensinar civilidade a eles
e fazê-los conviver civilizadamente conosco
Ou será que eles é que vão nos ensinar?
Ou será que tudo continuará como está?
Nós a eles: desprezar, maltratar e ridicularizar
Eles a nós: desrespeitar, ameaçar e aterrorizar
Onde, como e quando isto vai parar?!
[neste texto matemático, o resultado do título, que também é uma operação matemática, não é zero, é um (1)]
Nós queremos dominar o mundo
Eles querem dominar o mundo
Nós queremos o mundo só pra nós
Eles querem o mundo só pra eles
Nós achamos que a verdade é a nossa
Eles acham que a verdade é a deles
Nós achamos que o direito é só nosso
Eles acham que o direito é só deles
Nós achamos que Deus é o nosso
Eles acham que Deus é o deles
Nós não sabemos conviver com eles
Eles não sabem conviver conosco
Nós não queremos conviver com eles
Eles não querem conviver conosco
Nós queremos expulsá-los do mundo
Eles querem nos expulsar do mundo
Nós queremos destruí-los e matá-los
Eles querem nos destruir e nos matar
Nós não podemos viver pacificamente com eles?
Eles não podem viver pacificamente conosco?
Nós somos superiores?!
Eles são inferiores?!
Nós somos o Bem?!
Eles são o Mal?!
É isso mesmo?!
(que pena que o planeta é um só!)
Ah... mas, nós somos mais civilizados que eles!
Então, compete a nós ensinar civilidade a eles
e fazê-los conviver civilizadamente conosco
Ou será que eles é que vão nos ensinar?
Ou será que tudo continuará como está?
Nós a eles: desprezar, maltratar e ridicularizar
Eles a nós: desrespeitar, ameaçar e aterrorizar
Onde, como e quando isto vai parar?!
[neste texto matemático, o resultado do título, que também é uma operação matemática, não é zero, é um (1)]
sábado, 3 de janeiro de 2015
Nin di Passarin II
Nin di passarin II
Outro nin di passarin
sob o telhado do meu avarandado
do ano passado igualzin.
Mas, a salvo dos urubus antenados,
saudando o ano novo já chegado.
Dias novos
Bichos novos
Gente nova
Sempre assim,
que nem nin di passarin.
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