quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Alpha Centauri


Alpha Centauri

É com ela que mais me calo interno.
No fim das noites, das noites de fim de inverno.
É a mais próxima, mas não é a Próxima.
É a Alfa de Centauro que no meu horizonte desce,
bem no ponto cardeal sudoeste.
Em exatos 45º entre o sul e o oeste.
É bem na hora em que o dia vira outro dia.
É no fim das noites sem fins, lá pras bandas de Confins.
E vou com ela, para bem além da minha janela.

domingo, 3 de agosto de 2014

O Vídeo Game e a Bomba Atômica


O Vídeo Game e a Bomba Atômica

(da série “Grandes Paradoxos da Humanidade”, em tributo aos milhões de japoneses vítimas diretas ou indiretas das bombas atômicas detonadas, pelos estadunidenses, sobre Hiroshima e Nagasaki em 06 e 09 de Agosto de 1945)

Com certeza foi coisa feita por um estagiário desocupado, sem par; um estudante maluco pós-graduado em física nuclear; um nerd aloprado pretendendo doutorado em física quântica ou outra quanta ciência similar. Aconteceu no horário de almoço, no intervalo do cafezinho ou num desses momentum de livre, irresponsável, insana e produtiva desocupação.
Num dia qualquer de 1942, num laboratório de Los Alamos da Universidade do Novo México (USA), utilizando a redonda telinha verde de um osciloscópio eletrônico ligado por fios a dois simples potenciômetros de botão (usados à guisa de joysticks), esses aprendizes de cientista maluco, esses incautos detonadores do apocalipse, criaram um joguinho, um passa-tempo, muito simples, uma espécie de ping-pong, fazendo uma bolinha de luz pular ao longo de uma linha horizontal (mesa) e sobre uma pequena linha vertical no meio (rede). Jogava-se em duplas e quem deixasse a bolinha cair perdia o jogo.
Pronto! Estava inventado o primeiro vídeo game da história!
Pois é, enquanto os cientistas e os físicos nucleares desenvolviam a maior arma de destruição em massa que a humanidade já viu, criavam também um dos jogos de diversão mais massificados da história.
O botão que aciona o jogo é o mesmo que detona a bomba!
A mão que diverte é a mesma que mata!